Farsa de Inês Pereira
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
A farsa de Inês Pereira
O que é uma farsa?
Farsa (do francês médio farse, actualmente farce) é um género teatral de carácter puramente caricatural. Geralmente, possui apenas um ato, enredo curto e poucos atores.
As personagens e a sua caracterização
Inês Pereira; Mãe de Inês; Lianor Vaz (alcoviteira); Pero Marques; Latão e Vidal (judeus); Escudeiro; Moço; Ermitão; Brás da Mata; Moças e mancebos que cantam no casamento de Inês.
Inês Pereira
Inicio da peça:
- indolente/ não cumpre as regras;
- sonhadora e romântica.
Pretende se casar se para....
- se libertar da sua vida;
- se unir ao homem ideal
Mostra ser rebelde e determinada:
- não ouve os conselhos da Mãe
- desposa o pretendente o que deseja
Casamento com o escuteiro:
- submetida a um tratamento cruel
- desencantada e desiludida
Casamento com o Lavrador:
- sente se livre; comete adultério
Mãe
- Voz da experiência;
- Pragmática (afirma que um casamento implica sustento material) e prudente;
- Mostra o seu afeto maternal por Inês ( pede ao Escudeiro que seja afectuoso com a filha)
Lianor Vaz
- Alcoviteira (propõe a Inês o casamento com Pero Marques);
- Astuta e determinada;
- Pragmática ( sugere que Inês case com Pero Marques).
Pero Marques
- Lavrador abastado;
- Ingénuo, ignorante e um pouco grosseiro;
- Determinado (não desiste do seu desejo de casar com Inês).
Escudeiro
- Fanfarrão e mentiroso;
- Interesseiro;
- Autoritário, despótico (humilha e oprime Inês após o casamento);
- Cruel para o Moço que o serve;
- Cobarde (é morto por um pastor quando fugia da batalha).
Moço
- Funciona como contraponto do escuteiro (através dos comentários do moço, sabe se a condição miserável em que vive o Escudeiro);
- Irónico.
Latão e Vidal, os judeus casamenteiros
- Astuciosos e eloquentes;
- Têm uma função semelhante de Lianor Vaz (persuadir Inês)
Ermitão
- Sedutor;
- Tem um comportamento imoral, semelhante ao do clérigo referido no inicio da farsa.
A estrutura da ação
Na estrutura da ação existem 3 tipos Inês:
- Inês fantasiosa - Sonha em casar-se com um homem sem se importar se ele é pobre só se importa que ele saiba cantar, tocar e falar, e recusando a proposta de Pero Marques.
- Inês malmaridada - Encontra Brás da Mata que corresponde ao que ela pretendia, mas ficou desiludida com o casamento visto que o marido a agredia;
- Inês quite e desforrada - Pero Marques propõe lhe novamente em casamento, o casamento com Pero Marques traz-lhe liberdade e conforto, apesar de ter aventiras extraconjugais com o ermitão
O tempo e o espaço
Tempo: Apenas o Moço refere que o Escudeiro tinha partido há três meses para o norte de África quando Inês recebeu a carta.
Espaço:
- Inês fantasiosa - Interior da casa de Inês
- Inês malmaridada - Interior da casa de Inês e a residência de Brás da Mata
- Inês quite e desforrada - Espaço interior : residência de Brás da Mata e Espaço exterior : peregrinação até à ermida.
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018
Vida e Obra de Gil Vicente
Gil Vicente nasceu no ano 1465 não se sabe ao certo a sua data de nascimento, tendo ele falecido no ano de 1536/1540 também não se sabe ao certo a data da sua morte.
Oriundo de Guimarães ou da beira, foi dramaturgo, ator, encenador, organizador de representações teatrais.
Frequentou várias cortes como por exemplo de D.Manuel I e de D. João III. Colaborou no Cancioneiro Geral de Garcia de Resende.
A sua primeira obra terá sido Auto da Visitação ou Monólogo do Vaqueiro (1502, em castelhano), representada por ocasião do príncipe D. João ( mais tarde, D. João III ).
Casou-se duas vezes e teve cinco filhos.
Luís e Paula Vicente, seus filhos, são responsáveis pelas edições póstumas das suas obras: Copilaçam de todalas obras de Gil Vicente (1562)-
Luís Vicente organizou as obras em cinco tipos:
- Obras de devoção;
- comédias;
- tragicomédias;
- farsas;
- obras miúdas.
Cronologia das principais obras:
1502 - Monólogo do Vaqueiro
1508 - Auto da Alma
1509 - Auto da Índia
1512 - O velho da horta
1517 - Auto da Barca do Inferno
1523 - Farsa de Inês Pereira
1525 - Farsa do Juiz da Beira
1528 - Auto da Feira
1534 - Auto de Mofina Mendes
1536 - Floresta de Enganos
Tem uma intriga bastante simples, sem necessidade de marcar a unidade de tempo ou de espaço ou de estabelecer uma divisão cénica. Esta tem a intenção de ridicularizar e criticar a sociedade, retratando cenas da vida popular ou burguesa de forma realista.
Oriundo de Guimarães ou da beira, foi dramaturgo, ator, encenador, organizador de representações teatrais.
Frequentou várias cortes como por exemplo de D.Manuel I e de D. João III. Colaborou no Cancioneiro Geral de Garcia de Resende.
A sua primeira obra terá sido Auto da Visitação ou Monólogo do Vaqueiro (1502, em castelhano), representada por ocasião do príncipe D. João ( mais tarde, D. João III ).
Casou-se duas vezes e teve cinco filhos.
Luís e Paula Vicente, seus filhos, são responsáveis pelas edições póstumas das suas obras: Copilaçam de todalas obras de Gil Vicente (1562)-
Luís Vicente organizou as obras em cinco tipos:
- Obras de devoção;
- comédias;
- tragicomédias;
- farsas;
- obras miúdas.
Cronologia das principais obras:
1502 - Monólogo do Vaqueiro
1508 - Auto da Alma
1509 - Auto da Índia
1512 - O velho da horta
1517 - Auto da Barca do Inferno
1523 - Farsa de Inês Pereira
1525 - Farsa do Juiz da Beira
1528 - Auto da Feira
1534 - Auto de Mofina Mendes
1536 - Floresta de Enganos
A farsa no teatro de Gil Vicente
É uma peça dramática de carácter profano ( herdeira dos fabliaux franceses, narrativas breves de intenção moralizadora), é uma peça cómica curta, com um escasso número de personagensTem uma intriga bastante simples, sem necessidade de marcar a unidade de tempo ou de espaço ou de estabelecer uma divisão cénica. Esta tem a intenção de ridicularizar e criticar a sociedade, retratando cenas da vida popular ou burguesa de forma realista.
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